:: Pagina iniziale | Autenticati | Registrati | Tutti gli autori | Biografie | Ricerca | Altri siti ::  :: Chi siamo | Contatti ::
:: Poesia | Aforismi | Prosa/Narrativa | Pensieri | Articoli | Saggi | Eventi | Autori proposti | 4 mani  ::
:: Poesia della settimana | Recensioni | Interviste | Libri liberi [eBook] | I libri vagabondi [book crossing] ::  :: Commenti dei lettori ::
 

Ogni lettore, quando legge, legge se stesso. L'opera dello scrittore è soltanto una specie di strumento ottico che egli offre al lettore per permettergli di discernere quello che, senza libro, non avrebbe forse visto in se stesso. (da "Il tempo ritrovato" - Marcel Proust)

O Navio Negreiro - inedito


Testo proposto da LaRecherche.it

« indietro | stampa | invia ad un amico »
# 4 commenti: Leggi | Commenta » | commenta con il testo a fronte »




Pubblicato il 22/04/2013 12:00:00

 

I

 

 

‘Stamos em pleno mar... Doudo no espaço

Brinca o luar — dourada borboleta;

E as vagas após ele correm... cansam

Como turba de infantes inquieta.

 

‘Stamos em pleno mar... Do firmamento

Os astros saltam como espumas de ouro...

O mar em troca acende as ardentias,

— Constelações do líquido tesouro...

 

‘Stamos em pleno mar... Dois infinitos

Ali se estreitam num abraço insano,

Azuis, dourados, plácidos, sublimes...

Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...

 

‘Stamos em pleno mar... Abrindo as velas

Ao quente arfar das virações marinhas,

Veleiro brigue corre à flor dos mares,

Como roçam na vaga as andorinhas...

 

Donde vem? onde vai? Das naus errantes

Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?

Neste saara os corcéis o pó levantam, 

Galopam, voam, mas não deixam traço.

 

Bem feliz quem ali pode nest’hora

Sentir deste painel a majestade!

Embaixo — o mar em cima — o firmamento...

E no mar e no céu — a imensidade!

 

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!

Que música suave ao longe soa!

Meu Deus! como é sublime um canto ardente

Pelas vagas sem fim boiando à toa!

 

Homens do mar! ó rudes marinheiros,

Tostados pelo sol dos quatro mundos!

Crianças que a procela acalentara

No berço destes pélagos profundos!

 

Esperai! esperai! deixai que eu beba

Esta selvagem, livre poesia.

Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,

E o vento, que nas cordas assobia...

..........................................................

Por que foges assim, barco ligeiro?

Por que foges do pávido poeta?

Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira

Que semelha no mar — doudo cometa!

 

Albatroz! Albatroz! águia do oceano,

Tu que dormes das nuvens entre as gazas,

Sacode as penas, Leviathan do espaço!

Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.

 

 

II

 

 

Que importa do nauta o berço,

Donde é filho, qual seu lar?

Ama a cadência do verso

Que lhe ensina o velho mar!

Cantai! que a morte é divina!

Resvala o brigue à bolina

Como golfinho veloz.

Presa ao mastro da mezena

Saudosa bandeira acena

As vagas que deixa após.

 

Do Espanhol as cantilenas

Requebradas de langor,

Lembram as moças morenas,

As andaluzas em flor!

Da Itália o filho indolente

Canta Veneza dormente,

— Terra de amor e traição,

Ou do golfo no regaço

Relembra os versos de Tasso,

Junto às lavas do vulcão!

 

O Inglês — marinheiro frio,

Que ao nascer no mar se achou,

(Porque a Inglaterra é um navio,

Que Deus na Mancha ancorou),

Rijo entoa pátrias glórias,

Lembrando, orgulhoso, histórias

De Nelson e de Aboukir...

O Francês — predestinado —

Canta os louros do passado

E os loureiros do porvir!

 

Os marinheiros Helenos,

Que a vaga jônia criou,

Belos piratas morenos

Do mar que Ulisses cortou,

Homens que Fídias talhara,

Vão cantando em noite clara

Versos que Homero gemeu...

Nautas de todas as plagas,

Vós sabeis achar nas vagas

As melodias do céu!...

 

 

III

 

 

Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!

Desce mais... inda mais... não pode olhar humano

Como o teu mergulhar no brigue voador!

Mas que vejo eu aí... Que quadro d’amarguras!

É canto funeral!... Que tétricas figuras!...

Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!

 

 

IV

 

 

Era um sonho dantesco... o tombadilho 

Que das luzernas avermelha o brilho.

Em sangue a se banhar.

Tinir de ferros... estalar de açoite... 

Legiões de homens negros como a noite,

Horrendos a dançar...

 

Negras mulheres, suspendendo às tetas 

Magras crianças, cujas bocas pretas 

Rega o sangue das mães: 

Outras moças, mas nuas e espantadas, 

No turbilhão de espectros arrastadas,

Em ânsia e mágoa vãs!

 

E ri-se a orquestra irônica, estridente...

E da ronda fantástica a serpente 

Faz doudas espirais...

Se o velho arqueja, se no chão resvala, 

Ouvem-se gritos... o chicote estala.

E voam mais e mais...

 

Presa nos elos de uma só cadeia, 

A multidão faminta cambaleia,

E chora e dança ali!

Um de raiva delira, outro enlouquece, 

Outro, que martírios embrutece,

Cantando, geme e ri!

 

No entanto o capitão manda a manobra,

E após, fitando o céu que se desdobra,

Tão puro sobre o mar,

Diz do fumo entre os densos nevoeiros:

“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!...”

 

E ri-se a orquestra irônica, estridente...

E da ronda fantástica a serpente

Faz doudas espirais...

Qual um sonho dantesco as sombras voam!...

Gritos, ais, maldições, preces ressoam!

E ri-se Satanás!...

 

 

V

 

 

Senhor Deus dos desgraçados!

Dizei-me vós, Senhor Deus!

Se é loucura... se é verdade

Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas

Co’a esponja de tuas vagas,

De teu manto este borrão?...

Astros! noites! tempestades!

Rolai das imensidades!

Varrei os mares, tufão!...

 

Quem são estes desgraçados

Que não encontram em vós

Mais que o rir calmo da turba

Que excita a fúria do algoz?

Quem são?...Se a estrela se cala,

Se a vaga à pressa resvala

Como um cúmplice fugaz,

Perante a noite confusa...

Dize-o tu, severa Musa,

Musa libérrima, audaz!...

 

São os filhos do deserto,

Onde a terra esposa a luz.

Onde vive em campo aberto

A tribo dos homens nus...

São os guerreiros ousados

Que com os tigres mosqueados

Combatem na solidão.

Ontem simples, fortes, bravos.

Hoje míseros escravos,

Sem luz, sem ar, sem razão...

 

São mulheres desgraçadas,

Como Agar o foi também.

Que sedentas, alquebradas,

De longe... bem longe vêm...

Trazendo com tíbios passos,

Filhos e algemas nos braços,

N’alma — lágrimas e fel...

Como Agar sofrendo tanto,

Que nem o leite de pranto

Têm que dar para Ismael.

 

Lá nas areias infindas,

Das palmeiras no país,

Nasceram crianças lindas,

Viveram moças gentis...

Passa um dia a caravana,

Quando a virgem na cabana

Cisma da noite nos véus...

... Adeus, ó choça do monte,

... Adeus, palmeiras da fonte!...

... Adeus, amores... adeus!...

 

Depois, o areal extenso...

Depois, o oceano de pó.

Depois no horizonte imenso

Desertos... desertos só...

E a fome, o cansaço, a sede...

Ai! quanto infeliz que cede,

E cai p’ra não mais s’erguer!...

Vaga um lugar na cadeia,

Mas o chacal sobre a areia

Acha um corpo que roer.

 

Ontem a Serra Leoa,

A guerra, a caça ao leão,

O sono dormido à toa

Sob as tendas d’amplidão!

Hoje... o porão negro, fundo,

Infecto, apertado, imundo,

Tendo a peste por jaguar...

E o sono sempre cortado

Pelo arranco de um finado,

E o baque de um corpo ao mar...

 

Ontem plena liberdade,

A vontade por poder...

Hoje... cúm’lo de maldade,

Nem são livres p’ra morrer..

Prende-os a mesma corrente

— Férrea, lúgubre serpente —

Nas roscas da escravidão.

E assim zombando da morte,

Dança a lúgubre coorte

Ao som do açoute... Irrisão!...

 

Senhor Deus dos desgraçados!

Dizei-me vós, Senhor Deus,

Se eu deliro... ou se é verdade

Tanto horror perante os céus?!...

Ó mar, por que não apagas

Co’a esponja de tuas vagas,

Do teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!

Rolai das imensidades!

Varrei os mares, tufão!...

 

 

VI

 

 

Existe um povo que a bandeira empresta

P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...

E deixa-a transformar-se nessa festa

Em manto impuro de bacante fria!...

Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,

Que impudente na gávea tripudia?

Silêncio. Musa... chora, e chora tanto

Que o pavilhão se lave no teu pranto!...

 

Auriverde pendão de minha terra,

Que a brisa do Brasil beija e balança,

Estandarte que a luz do sol encerra

E as promessas divinas da esperança...

Tu que, da liberdade após a guerra,

Foste hasteado dos heróis na lança

Antes te houvessem roto na batalha,

Que servires a um povo de mortalha!...

 

Fatalidade atroz que a mente esmaga!

Extingue nesta hora o brigue imundo

O trilho que Colombo abriu nas vagas,

Como um íris no pélago profundo!

Mas é infâmia demais!... Da etérea plaga

Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!

Andrada! arranca esse pendão dos ares!

Colombo! fecha a porta dos teus mares!

 

[1868]

 

 *

  

La nave negriera

- Traduzione di Emilio Capaccio -

 

 

I

 

 

Stiamo in pieno mare, folle nello spazio

giocherella il lunare - dorata farfalla;

e dietro ad esso corrono le onde…si stancano

come torba inquieta d’infanti.

 

Stiamo in pieno mare…Del firmamento

gli astri saltellano come spume d’oro…

Il mare in cambio accende le fosforescenze

- costellazioni di liquido tesoro…

 

Stiamo in pieno mare…Due infiniti

là si stringono in un abbraccio insano,

azzurri, dorati, placidi, sublimi…

Quali dei due è il cielo? Quale l’oceano?…

 

Stiamo in pieno mare…Aprendo le vele

al caldo affanno delle vibrazioni marine,

il veliero brigantino corre sulla flora dei mari,

come frusciano le rondini nell’onda…

 

Da dove vieni? Dove vai? Chi conosce la rotta

delle navi erranti se così grande è lo spazio?

In questo Sahara i corsieri portano la polvere,

galoppano, volano, ma non lasciano traccia.

 

Ben felice colui che là può a quest’ora

sentire in questo riquadro, la maestà!

Di sotto - il mare in cima - il firmamento…

E nel mare e nel cielo - l’immensità!

 

Oh! Che dolce armonia mi porta la brezza!

Che musica soave in lontananza risuona!

Mio Dio! Come è sublime un canto ardente

sulle onde che flottano qua e là senza fine!

 

Uomini di mare! I rudi marinai,

usti dal sole dei quattro mondi!

Creature che la burrasca dondola

nella culla di questi pèlaghi fondi!

 

Aspetta! Aspetta! Lascia che io beva

questa selvaggia, libera poesia.

Orchestra - è il mare che rugge dalla prora,

e il vento che sibila tra le corde…

………………………………………..

Perché fuggi così barcone leggero?

Perché fuggi dal pavido poeta?

Oh! Come potrei accompagnarti la scia

che semini in mare – folle cometa!

 

Albatro! Albatro! Aquila d’oceano,

tu che dormi dentro le garze delle nuvole

scrolla le pene, Leviatano dello spazio!

Albatro! Albatro! Dammi queste ali.

 

 

II

 

 

Che importa al nauta della culla,

di dove è figlio, qual il suo focolare?

Ama la cadenza del verso

che gli insegna il vecchio mare!

Canta! Che la morte è divina!

Scorre il brigantino la bolina

come un veloce golfino.

Presa all’albero di mezzana

la nostalgica bandiera accenna

alle onde che lascia dietro.

 

Degli Spagnoli le cantilene

dimenanti di languore,

ricordano le fanciulle morene,

le andaluse in fiore!

Dell’Italia il figlio indolente

canta Venezia dormiente

- Terra d’amore e tradizione

o nel grembo del golfo

rammenta i versi del Tasso

insieme alle lave del vulcano!

 

L’Inglese – marinaio freddo,

che si trovò a nascere in mare

(perché l’Inghilterra è una nave,

che Dio nella Manica ancorò),

aspero intona patrie glorie,

ricordando orgoglioso storie

di Nelson e di Abukir…

Il Francese – predestinato –

canta gli allori del passato

e gli allori del futuro!

 

I marinai ellenici

che l’onda ionica creò,

pirati belli e mori

del mare che Ulisse attraversò,

uomini che Fidia rintagliava,

vanno cantando nella notte chiara

versi che Omero sospirò…

Nauti di tutte le plaghe

voi sapete trovare nelle onde

la melodia del cielo!…

 

 

III

 

 

Discendi dallo spazio immenso, o aquila d’oceano!

Discendi ancora…ancora un po’…non può lo sguardo umano

come il tuo gettarsi sul brigantino volante!

Ma che vedo io là…Che quadro d’amarezza!

È un canto funereo!...Che tetre figure!...

Che scena vile e infame…Mio Dio! Mio Dio! Che orrore!

 

 

IV

 

 

Era un sogno dantesco…il cassero

che dalle lucerne arrossisce il brillo.

Nel sangue si bagna.

Tintinnio di ferri…schioccar di frusta…

Legioni di uomini negri come la notte,

orridi a danzare…

 

Donne negre, con tette sospese

magre creature, le cui bocche nere

irrora il sangue delle madri:

altre fanciulle, più nude e spaventate,

nel turbinio di spettri vacillate,

in ansia e angoscia vane!

 

E ride l’orchestra ironica, stridente…

e dalla ronda fantastica un serpente

s’aderge in folli spirali…

Se il vecchio ansima, se a terra scivola

si sentono grida…la frusta crepita.

E volano ancora e ancora…

 

Presa negli anelli di una sola catena,

stordisce la moltitudine affamata,

e piange e là danza!

Uno di rabbia delira…un altro impazzisce,

un altro, che il martirio ha sfigurato,

cantando, geme e ride!

 

Nel frattempo il capitano ordina la manovra,

e dopo, fissando il cielo che si spiega

così puro sopra il mare,

dice dal fumo di dense nebbie:

“ Vibrate aspra la frusta, marinai!

Fateli danzare di più!..”

 

E ride l’orchestra ironica, stridente…

e dalla ronda fantastica un serpente

s’aderge in folli spirali…

Quale un sogno dantesco volano le ombre!...

Grida, dolori, maledizioni, suppliche risuonano!

E Satana ride!...

 

 

V

 

 

Signore Iddio dei disgraziati!

Ditemi Voi, Signore Iddio!

Se è follia…se è verità

tanto orrore innanzi ai cieli?!...

Il mare, perché non cancella

con la spugna delle tue onde,

del tuo mantello, questa aberrazione?...

Astri! Notti! Tempeste!

Precipitate dalle immensità!

Spazza i mari, tifone!...

 

Chi sono questi disgraziati

che incontrano in Voi

non più che un riso calmo della turba

che eccita la furia del carnefice?

Chi sono?...Se la stella silenzia,

se l’onda la fretta scorre

come un complice fugace,

innanzi alla notte confusa…

Dimmelo tu, severa Musa,

Musa liberissima, audace!...

 

Sono i figli del deserto,

dove la terra sposa la luce.

Dove vive in campo aperto

la tribù degli uomini nudi…

Sono i guerrieri audaci

che con le tigri striate

combattono in solitudine.

Ieri semplici, forti, coraggiosi.

Oggi miseri schiavi,

senza luce, senza aria, senza ragione…

 

Sono donne infelici,

come anche Agar fu infelice.

Che assetate, stremate,

da lontano…ben lontano vengono…

portando con passi tiepidi

figli e monili nelle braccia,

nell’anima – lacrime e fiele…

Come Agar soffrendo tanto

che né il latte del pianto

aveva da dare ad Ismaele.

 

Là nelle sabbie infinite,

nella regione delle palme,

nacquero bellissimi bambini,

vissero fanciulle gentili…

Passa un giorno la carovana,

mentre la vergine nella capanna

s’adonta nei veli della notte…

…Addio al rifugio del monte!...

…Addio, fonte di palme!...

Addio, amori…addio!...

 

Dopo, le sabbie estese…

Dopo, l’oceano di polvere.

Dopo, nell’orizzonte immenso,

deserti…solo deserti…

E la fame, la fatica, la sete…

Ah! Quanto infelice chi cede,

e cade per non alzarsi più!…

Vaga per qualche luogo, in catene,

ma lo sciacallo sopra la sabbia

ritrova un corpo che roda.

 

Ieri la Sierra Leone,

la guerra, la caccia al felino

il sonno dormito qua e là

sotto tende d’amplitudine!

Oggi…la stiva nera, fonda,

infetta, angusta, immonda,

con la peste a macchia di giaguaro…

e il sonno sempre mozzato

dal terrore di una morte

e il tonfo di un corpo in mare…

 

Ieri piena libertà,

il desiderio di potere…

Oggi…cumulo di malvagità,

né sono liberi di morire…

Presi nella stessa corrente

- ferreo, lugubre serpente –

nelle maglie della schiavitù.

E così beffando la morte,

danza la lugubre coorte

al suono dell’acuta….Irrisione!...

 

Signore Iddio dei disgraziati!

Ditemi Voi, Signore Iddio,

se io deliro…o se è verità

tanto orrore innanzi al cielo?!...

Il mare, perché non cancella

con la spugna delle tue onde,

del tuo mantello, questa aberrazione?...

Astri! Notti! Tempeste!

Precipitate dalle immensità!

Spazza i mari, tifone!...

 

 

VI

 

 

Esiste un popolo che presta la bandiera

per coprire tanta infamia e codardia!...

E lascia che si trasformino in questa festa

nel manto impuro di freddo baccante!...

Mio Dio! Mio Dio! Ma che bandiera è questa,

che impudente tripudia dalla vela di gabbia?

Silenzio. Musa…piangi, e piangi tanto

che il padiglione si lava nel tuo pianto!...

 

Verde oro bandierina della mia terra

che la brezza del Brasile bacia e ondeggia,

stendardo che la luce del sole rinchiude

e le promesse divine di speranza…

tu che, alla libertà durante la guerra

fosti inastata dagli eroi sulla lancia

prima che ti avessero distrutto in battaglia,

quando servivi a un popolo come sudario!...

 

Atroce fatalità che ingiuria la mente!

Estingui questa volta il brigantino immondo,

il trillo che Colombo aprì nelle onde,

come un iris nel pelago profondo!

Ma l’infamia è troppa!...Dall’eterea plaga

alzatevi eroi del Nuovo Mondo!

Andrada! Getta in aria questa bandiera!

Colombo! Sigilla la porta dei tuoi mari!

 


« indietro | stampa | invia ad un amico »
# 4 commenti: Leggi | Commenta » | commenta con il testo a fronte »

 

Di seguito trovi le ultime pubblicazioni dell'autore in questa sezione (max 10)
[se vuoi leggere di più vai alla pagina personale dell'autore »]

La Redazione, nella sezione Poesia_settimanale, ha pubblicato anche:

:: Ombra da viaggio (Pubblicato il 15/04/2024 12:00:00 - visite: 55) »

:: Due poesie tratte da Al centro della piena (Pubblicato il 18/09/2023 12:00:00 - visite: 339) »

:: Il sapore della guerra - The taste of war (Pubblicato il 19/07/2023 14:30:00 - visite: 273) »

:: Il giorno sulla foglia - anticipazione (Pubblicato il 19/06/2023 12:00:00 - visite: 484) »

:: Atlante ornitologico - due poesie (Pubblicato il 29/05/2023 12:00:00 - visite: 382) »

:: Gli ospiti nascosti (Pubblicato il 24/04/2023 12:00:00 - visite: 336) »

:: Gli spostamenti del desiderio (Pubblicato il 03/04/2023 12:00:00 - visite: 350) »

:: Fra le camere (Pubblicato il 09/07/2022 12:00:00 - visite: 374) »

:: Il mondo sul filo (Pubblicato il 27/06/2022 12:00:00 - visite: 444) »

:: Io non posso uscire dal mio pensiero (Pubblicato il 16/05/2022 12:00:00 - visite: 516) »